O Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) está analisando mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose. A situação é monitorada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) depois das fortes chuvas que atingiram municípios gaúchos entre final de abril e início de maio.
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Recebendo das 7h às 19h, o laboratório dispõe de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR) e diagnóstico sorológico. Conforme a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm, a realização de exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente.
Com dados atualizados até 23 de maio de 2023, o Rio Grande do Sul tinha 1.072 notificações com 54 casos confirmados de leptospirose. O Estado também tinha quatro casos de mortes e outros quatro óbitos em investigação.
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Como funciona?
O RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é opção para análise de amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas. Podem ser analisadas por este método amostras de pacientes com até sete dias de sintomas.
Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.
O que é a leptospirose?
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados.
O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de também por meio de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas da leptospirose são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Fraqueza
- Dores no corpo (em especial, na panturrilha)
- Calafrios
Ao apresentar sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento.
*com informações da SES